Roberto
Francisco Rômulo Belarmino veio ao mundo no dia 4 de outubro de 1542, em
Montepulciano, Itália. Era filho de pais humildes e católicos de muita
fé. Tiveram doze filhos, dos quais seis abraçaram a vida religiosa, tal
foi a influência do ambiente cristão que proporcionaram a eles com os
seus exemplos.
O menino Roberto nasceu franzino e doente. Talvez por ter tido
tantos problemas de saúde nos primeiros anos de existência, dedicou
atenção especial aos doentes durante toda a vida.
Embora constantemente enfermo, Roberto demonstrou desde muito cedo
uma inteligência surpreendente, que o levou ao magistério e a uma
carreira eclesiástica vertiginosa. Em 1563, foi nomeado professor do
Colégio de Florença e, um ano depois, passou a lecionar retórica no
Piemonte. Em 1566, foi para o Colégio de Pádua, onde também estudou
teologia e, em 1567, mudou para a escola de Louvain, sendo, então, já
muito conhecido em todo o país como excelente pregador.
Em 1571, tendo concluído todos os estudos, recebeu a ordenação
sacerdotal e entrou para a Companhia de Jesus. Unindo a sabedoria das
ciências terrenas, o conhecimento espiritual e a fé, escreveu os três
volumes de uma das obras teológicas mais consultadas de todos os tempos:
"As controvérsias cristãs sobre a fé", um tratado sobre todas as
heresias.
Mais tarde, em 1592, Belarmino foi nomeado diretor do Colégio
Romano, que contava com duzentos e dois professores e dois mil
estudantes, entre os quais duzentos jesuítas. Lá, realizou um trabalho
de tamanha importância que, algum tempo depois, foi nomeado para o cargo
de superior provincial napolitano, função em que ficou apenas por dois
anos, pois o papa Clemente VIII reclamava sua presença em Roma, para
auxiliá-lo como consultor no seu pontificado. Nesse período, produziu
outra obra famosa: "Catecismo", que teve dezenas de edições e foi
traduzido para mais de cinqüenta idiomas.
Com a morte do papa Clemente VIII, o seu sucessor, papa Leão XI,
governou a Igreja apenas por vinte e sete dias, vindo a falecer também.
Foi assim que o nome de Roberto Belarmino recebeu muitos votos nos dois
conclaves para a eleição do novo sumo pontífice. Mas, no segundo, surgiu
o novo papa, Paulo V, que imediatamente o chamou para trabalharem
juntos no Vaticano. Esse trabalho ocupou Belarmino durante os vinte e
dois anos seguintes.
Morreu aos setenta e nove anos de idade, em 17 de setembro de 1621,
apresentando graves problemas físicos e de surdez, conseqüência dos
males que o acompanharam por toda a vida. Com fama de santidade ainda em
vida, suas virtudes foram reconhecidas pela Igreja, sendo depois
beatificado, em 1923. A canonização de são Roberto Belarmino foi
proclamada em 1930. No ano seguinte, recebeu o honroso título de doutor
da Igreja. A sua festa litúrgica foi incluída no calendário da Igreja na
data de sua morte, a ser celebrada em todo o mundo cristão.
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